A necessidade deste profissional nas instituições vem do fato de que em sua grande maioria, elas trabalham a partir de oficinas e programas que visam levar o seu público-alvo do ponto zero a um nível de desempenho desejável, quer seja nas áreas do esporte, música, tecnologia, cultura e outros campos do conhecimento, passando pelo lazer e interação social. Os resultados dependem do nível de coesão entre os atores que aqui são caracterizados na pessoa do assistente social, do psicólogo, do gestor, do administrador, da equipe da cozinha, da limpeza, dos educadores sociais e do pedagogo. É uma engrenagem a serviço do desenvolvimento dos seus assistidos, que entendemos como sendo o centro do processo.
A função, portanto, do pedagogo é assegurar que os conteúdos sejam aplicados certificando-se que eles fazem sentido para a vida, se tem aplicabilidade e se está no nível de quem o está recebendo. É mais comum do que se pensa situações em que os diretores decidem que determinada oficina tem muita importância na instituição e o interesse das crianças/adolescentes revelam que nem tanto. A sensibilidade e olhar profissional do pedagogo deve alertar aos gestores e apontar outros caminhos.
É também papel do pedagogo social acompanhar e ajudar os educadores sociais na elaboração de um planejamento que facilite a execução do seu conteúdo num determinado espaço de tempo que pode ser mensal, bimestral ou anual, sempre de forma flexível e aberto aos ajustes que envolvem a dinâmica de um espaço de educação não formal que são as organizações sociais (O.S). Criar e executar medidas de avaliação também fazem parte da tarefa do pedagogo, porém, é de suma importância que este profissional tenha consciência de que os meios e métodos avaliativos da escola em nada se assemelham quando estamos falando de O.S. Quando a Instituição despreza esse saber e entende que pode caminhar sem a figura do pedagogo, lamentavelmente a equipe fica sem um norte e pode se perder na multiplicidade de opiniões e “achismos”.
